"Em 11 de
Novembro, tive o inolvidável privilégio e prazer de estar presente na exposição
de Serrão de Faria, por amável convite deste grande e consagrado artista.
A referida
exposição ocorreu no âmbito da Feira Nacional do Cavalo, realizada na Golegã.
Serrão de Faria,
como os leitores bem sabem, é um dos colaboradores do Voz da Minha Terra,
ilustrando as belas crónicas de João Pequito, num trabalho que muito honra e
prestigia o nosso jornal.
Pena que o Voz
da Minha Terra, por carência de espaço, nem sempre dê aos seus maravilhosos
retratos uma maior dimensão e relevância, como verdadeira e justamente
mereciam.
A exposição de
Serrão de Faria, ocorrida na Azinhaga, tendo como tema dominante o cavalo, foi
um encanto, um autêntico deslumbramento.
Dezenas de
quadros em que aqueles nobres animais, em toda a sua variada beleza, e como se
vivis estivessem, pareciam livres das telas, convidando-nos a com eles passera
nos verdes campos, convidando-nos a montar, ou a afagá-los.
Vivos, lusitanos
vibrantes, com a força e o caracter a revelarem-se na postura e olhar.
Na concorrida
exposição e convívio, Serrão de Faria teve e atenção de me obsequiar com um
autógrafo no seu livro "Um Contador de Estrelas - Os Amigos de
Serrão" (dezenas e dezenas de retratos a tinta-da-china, aliás, os rostos
desenhados ultrapassam as cinco centenas).
O comum amigo,
João Pequito, não perdeu a oportunidade e tirou um retrato, que depois me
ofereceu. Renovo os meus agradecimentos.
Mas se aquele
dia (tarde e serão) de 11 de Novembro foi, para mim, um daqueles dias felizes,
difíceis de esquecer, agora aqui o registo e fixo nesta crónica.
Mas Serrão de
Faria, artista que conta as estrelas, que faz amigos e é amigo do seu
amigo, que na pintura dos seus cavalos, com mestria, vai muito para lá do rigor
do traço e da beleza da anatomia, captando e transmitido-nos fugazes vibrações,
realísticas nuances, vida e fisiologia, Serrão que, com afecto, desenha os
rostos amigos, Serrão surpreendeu-me, deixou-me literalmente sem jeito, ao ter
para comigo uma inesperada atenção.
Com base na foto
tirada por João Pequito, Serrão de Faria, a tinta-da-china, desenhou o retrato
que me ofereceu (tamanho A3), que vou colocar na minha biblioteca em lugar
nobre e que, aqui, neste jornal, se reproduz.
Reprodução que
se fez, não por vaidade, mas sim como público e profundo agradecimento ao grande
artista Serrão de Faria, que tanto tem prestigiado com a sua arte o Voz da
Minha Terra e que, agora, se dignou honrar o Director Interino do Jornal,
incluindo-o entre os seus amigos."
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